sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

The Queen

Alow me to be the queen of my everything, if my everything it's you, I am yours everyday, my beloved king. Bring me your heart, I can give you my kingdom and my devotion.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

I was made for you

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true, I was made for you
I climbed across the mountaintops
Travel across the ocean blue
I cross over lines and I broke all the rules
And baby I broke them all for you

Oh because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do, I was made for you
You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
All of the friends who think that I'm blessed
They don't know I'm in this mess
No they don't know who I really am
And they don't know what I've been through
Like you do, and I was made for you
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
Oh but these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true, I was made for you
yeah, and it's true that I was made for you



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Pardon the way that I stare

You're just too good to be true
Can't take my eyes off of you
You'd be like heaven to touch
I wanna hold you so much
At long last love has arrived
And I thank God I'm alive
You're just too good to be true
Can't take my eyes off of you

Pardon the way that I stare
There's nothing else to compare
The sight of you leaves me weak
There are no words left to speak
But if you feel like I feel
Please let me know that it's real
You're just too good to be true
Can't take my eyes off of you

I need you baby, if it's quite all right,
I love you baby, you warm a lonely night
I love you baby
Trust in me when I say It's OK:
Oh pretty baby, don't let me down I pray
Oh pretty baby, now that I found you, stay
And let me love you, oh baby let me love you, oh baby....

For me it happens all the time

It's a quarter after one, I'm all alone and I need you now
Said I wouldn't call but I lost all control and I need you now
And I don't know how I can do without
I just need you now

Another shot of whiskey can't stop looking at the door
Wishing you'd come sweeping in the way you did before
And I wonder if I ever cross your mind
For me it happens all the time



Lady Antebellum - Need You Now

I have to tell..

Tudo em tão poucas palavras

Se me Amar, não digas,
Que morro.
De surpreza.
De encanto.
De medo.

Mário Quintana

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sim

Eu tenho dificuldade em definir o amor, poeticamente é fácil, mas o amor do dia a dia, aquele que dura até à morte, sobrevive a calamidades e doenças, com filhos e netos, esse sim é inexplicável. Creio que me limito a senti-lo. Foi nisso que me foquei.

E sim, eu quando me deito à noite na minha cama, sinto algo que nunca senti na vida, sinto que queria sentir o teu calor ali ao lado, sentir a energia dos teus olhos e sinto que queria encontrar-te quando acordasse no dia seguinte. E ainda sinto que isso se podia repetir para sempre, sem que, um dia que fosse , eu não me sentisse a mais sortuda que habita entre a face da terra e a lua, porque sim, tu és tudo.

domingo, 4 de dezembro de 2011

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Se soubesse escrever

“(...) Para a generalidade das mulheres, ter um amante significa ter uma quantidade de ocupações, de factos, de circunstâncias a que, pelo seu organismo e pela sua educação, acham um encanto inefável. Ter um amante - não é para elas abrir de noite a porta do seu jardim. Ter um amante é ter a feliz, a doce ocasião destes pequeninos afazeres - escrever cartas às escondidas, tremer e ter susto; fechar-se a sós para pensar, estendida no sofá; ter o orgulho de possuir um segredo; ter aquela ideia dele e do seu amor, acompanhando com uma melodia em surdina todos os seus movimentos, a toilette, o banho, o bordado, o penteado; é estar numa sala cheia de gente, e vê-lo a ele, sério e indiferente, e só eles dois estarem no encanto do mistério; (...)“
Uma Campanha Alegre (1890-91) - Eça de Queirós

Everything you can imagine is already too real

terça-feira, 8 de novembro de 2011

(des)Equilibrio

Primeiro, era um carril de comboio, se caisse estava a 15 cm do chão, depois era uma linha de quase invisível, que magoava e cortava os pés. O equilibrio era ambiguo, tal como a sua percepção. Por isso, seguia em frente, apavorada e escondida ao mesmo tempo.
A direita e a esquerda não interessavam. Mas porquê? Se lá podia estar um corrimão de apoio, umas andas, umas bengalas, uma casca de banana, ou qualquer coisa, boa ou má, mas que te levava para longe do precipicio.
Longe é bom, perto é mau.
O longe tem perspectiva, profundidade e alcance. O perto doi, porque arranha e faz-se presente dia após dia, marca e remarca, lida e relida, brinca e desbrinca, engraça-te ou desgraça-te, vive e morre.

domingo, 30 de outubro de 2011

Até (nunca) mais ver!

Não voltes, pelo menos para mim. Não voltes porque eu não te quero. Nem como homem, nem como amigo, nem como tapete da entrada, nem como carregador de malas.
A tua estadia por aqui foi longa demais. Primeiro quiseste viajar, mas depois, instalaste-te, como um intruso, abriste as malas, penduraste os teus trapos nos meus cabides, e nem quiseste ir fazer tours culturais ou boémios, ficaste apenas como uma sanguessuga exploradora, uma piranha devoradora de boas intenções.
Agora parte para onde não há nada, e onde vais ter que ser essa personagem inventada por ti, vazia e egoísta, onde a tua miséria é a coisa mais valiosa que (não) existe.

sábado, 29 de outubro de 2011

Se os jornais falassem

Hoje, o mundo move-se, altera-se tão rapidamente que nenhum ente vivo se pode atrever a ser obvio, transparente como um vidro, sincero ou nutrir-se de valores nobres. Atiram-se todos  directamente sem probemas de consciência para a saída imunda mais imune a problemas, dores, espinhos, confrontos, envolvimentos escuzados, explicações difíceis ou críticas. 
O fácil é fácil. O estúpido é estupido. O leviano é leviano. E por favor, não compliquem.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Tu perdido por aí, e eu não sei onde

Há algo em ti que me inspira. Sempre. É incontornável.
As tuas fotos têm sempre o mesmo olhar.
Seco, frio. Sem igual. Sempre conciso, distante, penetrante. Sempre gelado.
Sempre magoado, sempre triste.
Faz-te falta amor, mas diria que esses olhos me parecem impermeáveis ao amor.
Parece que a tua alma secou.
Aposto que já não cheiras a nada, aquele cheiro leve que tinhas, e deixaste crescer a barba para te tirar o resto de maciez e doçura que te podiam restar.
Pareces um corcunda, triste, macambúzio, e triste.
Antigamente rias por tudo e por nada, rias e sorrias, rias de patetices e das alegrias, e sorrias para mim e para todas e todos. Enchias o peito e fazias-te bonito. Agora nem para as fotos sorris. Como um autómato andas e moves-te, sempre igual, como a mesma expressão, com a mesma, cara, com o mesmo cabelo e barba, por esse mundo, que não te entende e que tu triste ficas por não entender.
Eu entendo-te meu querido. Que boca é essa cerrada para sempre? Que olhos são esses, pelo amor de Deus?

domingo, 16 de outubro de 2011

O meu Bad-karma

Nunca odiei tanto a minha professora da primária como neste preciso instante, que pedagoga travessa, velha velhaca, sanguessuga desbocada.
É Domingo à noite, que é o dia e hora perfeitos para escrever. Estou em casa, com a luz, o som, a temperatura e o estado de espírito perfeitos, e eu adoro tanto escrever e estou aqui cheia de vontade. E até já entrei ao serviço à 2 horas atrás, não me podem acusar de não tentar. Vaguei-o pelos semanários, pelos blogues bem escritos, pelas crónicas interessantes, por textos intricados, com lógica e vocabulário rico, mas também pelos mais descontraídos para me inspirar, mas eu só consigo parir este churrilo de coisas pouco interessantes e vagamente mal escritas, ou vagamente bem escritas, ninguém sabe bem, porque ninguém lê.
E logo eu, que gosto tanto de escrever.
É como pôr uma pessoa que gosta de gosta de dançar com uma paralisia infantil ou pernas tortas! Uma injustiça!
E voltando à minha professora primária, aquela inútil, não foi capaz de me por a escrever sem erros ortográficos, gramática decente e com frases com uma sintaxe correcta.
Isto é a mesma coisa de eu ter nascido sem dedos, sem olhos, sem escola, sem língua portuguesa, sem caneta, sem teclado, sem cérebro: eu não sei escrever, que infelicidade. Pior que isto só mesmo não ter nascido.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tu, ou Eu, ou qualquer

Neste mundo existe
Quem tu és
Quem tu gostavas de ser
Quem tu pensavas que ser
Quem pensavam que tu eras
Quem tu gostarias de ser
Quem gostariam que tu fosses
Quem tu pensaste ser
Quem tu sempre foste
Quem tu sempre quiseste ser
Quem tu eras quando nasceste
Quem tu és agora, ainda
Quem já foste e quem vais ser
Quem tu vives aí dentro e sempre vais ser, aconteça lá o que acontecer
Dê lá o mundo as voltas que der.

By Andreia

“I was never the marrying kind, I was always the love and diamond kind.”

Nós por cá!

- ‎É um Orçamento de guerra que nos levará a um nível de vida próximo de 1975


 - 1975 não digo, mas 1100 talvez seja mais por aí, quando nem existíamos como país e viviamos no feudalismo da idade mé(r)dia!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

" O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio.
"
Cesare Pavese Itália 1908 // 1950 Escritor

domingo, 2 de outubro de 2011

A ausência do medo é assustadora

Fechei para obras, bye

Recusam-se picaretas, trituradoras, esmagadoras,  garfos, facas, pregos, coisas afiadas, unhas compridas, murros, estaladas, gritos, escovas de aço, palavras aspras, silêncios, palha de aço, esfregões, escovas duras, pedra-pomes, varinha da sopa, quebra-nozes, quebra-gelo, tenazes, não quero nada disso...

sábado, 1 de outubro de 2011

Maldição

Tu não eras a minha maior benção mas sim a minha maior maldição. Não sei como isso se vê, mas um dia é claro. Um dia os olhos ficam sem nuvens, sem miupia, sem ruído, sem amor, sem paixão. Um dia acordas.
Certo dia calas a cabeças e deixas, finalmente, as entranhas falar. As entranhas mexem-se, e re-mexem-se sem parar à anos. O coração, e o fígado estão esgamados, talvez anestesiados, talvez congelados. Não é a cabeça quem sabe, são as entranhas e o coração. Descongela-os e serve-os a quente, hoje à noite, num jantar requintando e inesquecível para uma mulher nova e renovada, e mais, muito mais, finalmente, mais.

Temos que comemorar, vou lembrar-me de qualquer coisa especial!

Daqui a 1 mês é 1.11.11.

Dammed!!!!!

Normalmente, tento ter imaginação suficiente para ser eu a surpreender a vida, às vezes consigo, mas a vida tem tido mais imaginação para me supreender a mim em 51% dos casos. Dammed!!!!!
Um dia ainda lhe ganho...vai ver vai... a sacana...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Andragogia

Andragogia é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender, segundo a definição creditada a Malcolm Knowles, na década de 1970. O termo remete a um conceito de educação voltada para o adulto, em contraposição à pedagogia, que se refere à educação de crianças (do grego paidós, criança).

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A minha mãe VIII

- Quando for grande quero saber como é que é esta coisa da vida, mãe... é que ainda não consigo entender nada de nada, por muito que me esforce, quanto mais vejo, menos entendo. Mas como diz a outra, que também não sabe nada, life goes on.

sábado, 24 de setembro de 2011

Não queiras uma mulher que saiba tudo de arte, história, actualidades, literatura, cinema e pintura.
Basta que chore em frente a um quadro, no fim de um filme, no último capítulo do livro ou em frente a uma notícia de guerra.
Ela chora por absolvição. Lá em cima. Para te merecer.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O email que não mereces ler

Isto não devia ser tarefa difícil para mim, uma vez que no meu trabalho, sou profissional em conseguir fazer com que pessoas, nomeadamente, mães, pais, avós, façam as coisas mais incríveis como darem doces, e coisas afins, aos seus filhos, e netos, coisas que lhes estragam os dentes, os engordam, têm açucar, corantes, viciam, e basicamente não servem para muito mais senão para os calar, e ainda por cima custam dinheiro, por isso, digamos, que não deveria ser díficil convencer-te a enviares um email, que ainda por cima é grátis, a uma miúda, mas afinal, é algo que me “custa” um texto de uma dezena de linhas, que humilhação... Digo isto porque normalmente, os paizinhos e a crianças vão lá com 3 palavras do género: participa e ganha!. Mas não ligues muito ao comprimento desta mensagem, um dos meus hobbies é escrever, às vezes acho que errei a profissão, gosto é de escrever, e não de convencer.


Bem, continuando, é que esta alma com idade emocional de 4 anos, as I already told you, não aguenta ser ignorada por ti, não aguento. Como qualquer miúda, e já deves saber como somos, já elaborei mil razões pelas quais não me disseste nada, quer seja porque sou demasiado má ou demasiado assim-assim, ou porque o problema não sou eu, és tu (LOL... esta pega muito), ou estavamos muito bêbados, ou “esqueci-me de dizer que tenho namorada”, ou tu podes ser mesmo assim, e eu gosto (ou não) de ti na mesma,ou diz qualquer coisa, no fundo, eu aguento. Eu sou “zero” leviana, por isso estas coisas do silêncio nunca me fazem muito sentido, se bem que tenho que admitir que o silêncio também diz muito... ou pode não dizer nada.

Vou amanhã para Barcelona em trabalho, vou lá ver se aprendo a vender pastilhas elásticas sem açúcar para Deus e São Pedro não me castigarem quando eu chegar ao purgatório um dia, volto na sexta-feira, gostava (muitooo) de te ver quando voltar.

Beijinho e um Xi-Coração( Partido),

Andreia

domingo, 11 de setembro de 2011

Às vezes

Às vezes, o desassossego. Às vezes, queria. Às vezes, não sei o que é. Outras vezes é um vento, um pensamento. Um nada, que por existir já substitui algo que não devia estar. E que por estar, já me desassossega, às vezes. Outras vezes, não.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

God, I already miss that!

A minha mãe VII

- Tu tens 60 anos, tenho que filtrar o que tu dizes.
Silêncio magoado.
- Vamos ali ao IKEA para me comprares umas coisas para a casa?
- Sim, mas eu também vou filtrar algumas coisas que me vais pedir.
Risos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A necessidade de sonhar

A necessidade visceral de sonhar é-me inata. Não se vive sem um bom sonho que me alimente e que me mantenha a mente quase 100% ocupada, que me excite, que exercite os meus temas de conversa, que me faça saltar da cama, que me faça arranjar de manhã mais bonita, que me acenda uma chamazinha no coraçação, e que ocupe o pensamento nas salas de espera dos consultório, na fila so supermercado, nas mesas dos restaurantes enquanto espero pelo prato que pedi, enquanto espero no café pelo amigo com quem marquei o encontro, enquando espero pelo cliente com quem marquei uma reunião, enquanto espero que o Outlook sincronize com o Blackberry, enquanto no duche penso o que vou fazer naquele dia e só quero concluir que o meu dia tem o objectivo máximo de me aproximar daquele sonho lindo que mora no meu coração, que me faz suspirar, que me tira a fome, me põem lágrimas nos olhos, me põem mal disposta de ainda não ter acontecido, me dá ansiedade, me angustia, me faz fazer kilometros, me faz corar, o que me acorda a meio da noite, e que me dá nós no estomago. Quem não tem uma coisa destas, não tem vida.

domingo, 21 de agosto de 2011

O autor é anónimo, mas está inteligível e com alguma graça...

"
tu és um bom escritor, moço. és melhor k o mec pk tens a mesma leveza e mais profundidade e não és conservador nem auto-complacente. mas esse escreve crónicas e tu queres escrever tb romances e para isso é preciso ter amor pra dar ou ser um grande filho da puta. como não cabes em nenhum dos lados, o teu romance vai ter uns altos e baixos, o que é bom, na literatura do futuro as imperfeições vão ser expostas (e não, como hoje, disfarçadas). consegues viver nessa terra de gente sonsa, mulheres masculinas, com a tua cerveja e cigarros, pois, e admiras-te (essa é ingénua) com a abertura aparente dos teus interlocutores paulistas (não te iludas, o br. é elitista, fechado, medieval; viaja mais, estoura o dinheirinho; curte as clavículas das raparigas). não ponhas os pés no meio literário (é um nojo), usa pseudónimo nos livros. lê o foucault todo. parabéns por manteres a motivação em altos níveis (ainda que isso corresponda ao mais estrito cumprimento de uma necessidade). um abraço cheio de empatia
"

A contabilidade de Verão

45 dias de praia
61 mergulhos no mar de praia
10 mergulhos no mar embarcados
30 banhos de piscina
63 horas deitada em espreguiçadeira
94 horas deitada na areia
4 livros lidos
24575 músicas ouvidas
35 vezes atravesei uma ponte
167898 grãos de areia dentro do bikini
7 bikinis e 3 fatos de banho
1 frasco de protector factor 30
1 par de óculos de sol
60% mais de sardas no focinho
1 carro cheio de areia e terra
1245 km percorridos
0 furos de pneus
8 conchas apanhadas e guardadas
1 toalha de praia azul turqueza com 10 anos, ainda boa
1 par de "havaianas" azuis
0 Amores de Verão
15 noites de copos e dança ao luar
20 jantaradas com amig@s em esplanadas
3 chuvas de Verão
10 vezes tive morangos como sobremesa
9 camas diferentes em que dormi
2 maleitas
13 vezes vontade de chorar
13 vezes vontade de dar gargalhadas
90 vezes senti o vento quente na cara e sorri quando abri a janela do carro de manhã

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Época - Gotan Project

Si desapareció
en mi aparecerá
creyeron que murió
pero renacerá
Llovió, paró, llovió
y un chico adivinó
oímos una voz, y desde un tango
rumor de pañuelo blanco
No eran buenas esas épocas
malos eran esos aires
fue hace veinticinco años
y vos existías,
No eran buenas esas épocas
malos eran esos aires
fue hace veinticinco años
y vos existías, sin existir todavía
Si desapareció
en mi aparecerá
creyeron que murió y aquí se nace,
aquí la vida renace
No eran buenas esas épocas
malos eran esos aires
fue hace veintinco años
y vos existías
No eran buenas esas épocas
malos eran esos aires
fue hace veinticinco años
y vos existías, sin existir todavía

sábado, 6 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A minha perspectiva dos “20 minutos” - take 2

Olhei para o relógio, não me interessava ficar.
Fiquei, ouvi, observei.
Encantei-me irremediavelmente.
Esqueci o tempo.
Depois esqueci-te no tempo.
Agora quero esquecer-te a tempo.

Excitação

A dor cresce.
O sentimento doi.
A paciência relativiza.
O tempo compreende.
A experiência adoça.
O sorriso ilumina.
O amor nobilita.
O desejo direcciona.
A espera muda.
A angustia procura.
A esperança galvaniza.
A meditação revela.
A desilusão magoa.
O futuro surpreende.
O tempo revela.
A persistência engrandece.
A doença ensina.
A solidão empobrece.
A força enbrutece.
A luta muscula.
A liberdade espalha-se.
A porta escancara-se.
A escolha permanece.
O pensamento eleva.
A imaginação cria.
O sonho guia.
A arte glorifica.
E a mente excita-nos, todos os dias.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

'Reflexões Pessoais'

"
Notas para uma Regra de Vida
1. Cada um de nós não tem de seu nem de real senão a sua própria individualidade.
2. Aumentar é aumentar-se.
3. Invadir a individualidade alheia é, além de contrário ao princípio fundamental, contrário (por isso mesmo também) a nós mesmos, pois invadir é sair de si, e ficamos sempre onde ganhamos (Por isso o criminoso é um débil, e o chefe um escravo.) (O verdadeiro forte é um despertador, nos outros, de energias deles. O verdadeiro mestre é um mestre de o não acompanharem.)
4. Atrair os outros a si é, ainda assim, o sinal da individualidade.
"
Fernando Pessoa, in 'Reflexões Pessoais'

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Insónia

Não aceito acordos de paz. Só o puro desassossego, guerra, luz,  energia atómica, lanças, tácticas, mantras, armas, olhos de mira, missões em terreno, cartas, adrenalina, saques, viagens nocturnas, possuir, liberdade, pesadelos, morfina, cafeina, paixão e noites em claro. Só volto a dormir depois de ser tudo meu em papel escrito.

sábado, 30 de julho de 2011

A minha perspectiva dos "20 minutos" - take 1

 A memória leva e lava, ficando apenas acontecimentos com significância entranhada. Os nossos cérebros sabem bem distinguir o que deve ser lembrado, mesmo que nós não, tenho, hoje, na ponta dos dedos o dia em que nos encontrámos os 2 pela primeira vez.
Não sei porquê escolhemos aquele sítio. Nunca gostei daquele barulho de fundo.
Eu estava fora de órbita, tinha outras coisas na cabeça, nem sei o quê, e tinha resolvido ir ali, ter contigo porque sim.
Enquanto nos estávamos a sentar, olhei de soslaio para o meu relógio para tentar mentalmente contar 20 minutos. Eram os 20 minutos que iam durar aquele encontro, tinha eu definido, com arrogância, assim que olhei para ti com os olhos de teenager e achei que 20 minutos naquele encontro iam ser mais que suficientes. Não te disse nada, mas havia de inventar qualquer coisa, em cima da hora, como era típico.
Voltei então cordialmente a olhar-te nos olhos, para seguir a conversa que tinhas esforçada e levemente começado para me entreteres.
É a tua cara ali à minha frente que a minha memória reteve. Estávamos numa mesa lateral que nos separava do piso de baixo.
Os 20 minutos seguintes foram uma espécie de hipnotismo. Não faço ideia do que disseste, esqueci-me da minha contagem mental do tempo.
Perdi-me na tua voz, depois no teu conteúdo, no teu sorriso rasgado, nas tuas exclamações agudas, nas tuas historietas, naquela envolvência sedutora. Perdi os olhos também pelo colarinho da tua camisa, que suspeito que seria de xadrez verde roçado, iguais às que ainda usas, nos teus braços e mãos, no teu cabelo onde me apetecia pregar as minhas mãos, depois nos teus lábios. Tentei abstrair-me e parar a máquina que fazia rodar o filme que estava a ver, pois tudo me pareceu bom demais para ser meu. Lá estava a insegurança de teenager que hoje em dia, já perdi.
Deixei de ouvir o barulho de fundo a certa altura. Não consigo ter ideia de quanto tempo ficámos a ali, mas foi muito, muito mais de 20 minutos. Não me lembro de falar muito.
Quando voltei aos meus sentidos, continuava a ouvir a tua voz, retive umas 2 ou 3 palavras da conversa, e vi uns olhos meigos tão rasgados como o sorriso que me olhavam, e que não soube interpretar.
Aqueles lábios foram meus mais tarde, numa noite. Mas isso é o resto da história.
Um dia que alguém ponha em palavras o resto desta história, que saiba que não foi nem neste dia, nem no outro do “kiss”, que me apaixonei por ti, e que não deixe de fora o “pormenor” de que tu pensas demasiado, o que te torna irremediavelmente especial.

A minha mãe VI

Sempre gostei muito de escrever, tinha um diário, ainda escrito à mão, claro está, desde os 10 anos de idade, em que descrevia com todo o pormenor e sentimento todos os desgostos e alegrias dos meus dias.
Eram cadernos e cadernos intermináveis, com cores, sem cores, com folhas de cheiro e sem cheiro, eu não era esquisita no material, só nunca gostei de folhas quadriculadas, escritos atalhoadamente. Mas havia algo que me convencia que o que o que escrevia era de enorme interesse, pois a minha mãe lia aquele espólio todo, cheio de erros ortográficos, de fio a pavio sempre que me apanhava de costas.
A minha mãe devia ler quando eu ia para a escola, nas minhas costas, com certeza para que eu não fosse um génio literário pretencioso, quando desse pelo vício dela.
E eu, que às vezes a apanhava ou notava as minhas amadas folhas remexidas, pensava mesmo assim que era um génio literário, porque mesmo com erros ortográficos e uma caligrafia surreal, tinha fãs incondicionais.
E lá ficou o trauma da infância, confesso que continuo a achar-me um génio literário (em desenvolvimento, claro, aprendi a ser mais contida), com menos erros ortográficos, ou pelo menos, tento, ainda assim, com uma meia dúzia de leitores ainda assim muito assíduos, se bem que menos fanáticos. Isto porque a minha mãe ainda não descobriu que tenho um blog, as "Estatísticas" vão bombar quando isso acontecer.
Acham que lhe conte?

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Apenas uma noite

Só uma noite, apenas uma noite. Só uma noite.
Pode haver luz, pode ser no escuro, vamos ver com tudo.
Tu sempre soubeste, sábio.
Deus queira que nunca amanheça.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Finalmente, "A" definição

"
Sem um amor não vive ninguém. Pode ser um amor sem razão, sem morada, sem nome sequer. Mas tem de ser um amor. Não tem de ser lindo, impossível, inaugural. Apenas tem de ser verdadeiro.

O amor é um abandono porque abdicamos, de quem vamos atrás. Saímos com ele. Atiramo-nos. Retraímo-nos. Mas não há nada a fazer: deixamo-lo ir. Mais tarde ou mais cedo, passamos para lá do dia a dia, para longe de onde estávamos. Para consolar, mandar vir, tentar perceber, voltar atrás.

O amor é que fica quando o coração está cansado. Quando o pensamento está exausto e os sentidos se deixam adormecer, o amor acorda para se apanhar. O amor é uma coisa que vai contra nós. É uma armadilha. No meio do sono, acorda. No meio do trabalho, lembra-se de se espreguiçar. O amor é uma das nossas almas. É a nossa ligação aos outros. Não se pode exterminar. Quem não dava a vida por um amor? Quem não tem um amor inseguro e incerto, lindo de morrer: de quem queira, até ao fim da vida, cuidar e fugir, fugir e cuidar?
"
Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

O Dom literário

"Escrever é uma maneira de pensar que não se consegue pelo pensamento apenas. Todos os constrangimentos sintácticos e gramaticais da escrita, em vez de nos reprimirem, levam-nos a encontrar frases que não existiam antes de serem escritas, que não podiam existir de outra forma."
Fonte: - Revista Nós - Jornal i (2009)
O  meu rim fica bom no máximo amanhã. O meu coração não tem data marcada.

terça-feira, 26 de julho de 2011

"Gostas de fazer do teu corpo um objecto agradável"

"
É Impossível Fazer Amor sem um Certo Abandono

Mas é exactamente isso que é supreendente em ti: tu gostas de dar prazer. Gostas de fazer do teu corpo um objecto agradável, gostas de dar prazer com o teu próprio corpo: é precisamente isso o que os ocidentais já não conseguem fazer. Perderam completamente o sentimento da dádiva. Mesmo esforçando-se, não conseguem assumir o sexo como uma coisa natural. Além de terem vergonha do seu corpo, muito diferente do corpo das estrelas pornográficas, também não sentem uma verdadeira atracção pelo corpo dos outros. Ora, é impossível fazer amor sem um certo abandono, sem a aceitação, pelo menos temporária, de um certo estado de fraqueza e de dependência. Tanto a exaltação sentimental como a obsessão sexual têm a mesma origem, resultam ambas do esquecimento parcial do eu; é algo que não pode acontecer sem que a pessoa perca alguma coisa de si mesma. E nós tornámo-nos frios, racionais, extremamente conscientes dos nossos direitos e da nossa existência individual; primeiro que tudo, queremos evitar a alienação e a dependência; além disso, vivemos obcecados com a saúde e com a higiene: e não são essas as condições ideais para fazer amor.

"
Michel Houellebecq, in 'Plataforma'

A vizinha de baixo II

Muita gente a conhece, e muitos podem conhece-la bem, porque ela é melhor quando está a interagir.
Não se encanta com facilidade, mas sabe tirar o melhor partido de cada coisa.
Tenaz na racionalidade quando é necessário ou vital, contrastando com a sua grande capacidade de sonhar sonhos inositados e ingénuos.
Aprendeu que ser é melhor do que ter, e que parecer  pode ser o ser, às vezes.

domingo, 24 de julho de 2011

Do verdadeiro

É de repente, não precisa de ser à 1ª vista, mas é de repente, em que tudo te faz sentido.
De repente já podes mudar tudo o que nunca queria mudar, já queres abdicar da liberdade, já toleras tudo, já choras compulsivamente, tens um viveiro de borboletas na barriga, entras numa espiral semi-obcessiva de sonhos, pensamentos e desejos, o corpo está pronto para aventuras, gastas todas as tuas poupanças, mudas de casa, mudas quem eras, e até quem ias ser, ficas mais bonito/a, todas as babuseiras sobre o futuro se reformulam, até podes ajustar a maneira de vestir, e o sítio onde vais às compras da semana, os teus fins de semana ficam enjorcados de novas motivações, o olhar ilumina o dia, o sorriso é um vento de te percorre a alma sem sobrar um cm2 que esteja fora do tornado, e sim, és feliz. De preferência para sempre. E se não for assim, esquece, não quero.
Mais tarde descobres que leêm os mesmos livros, escrevem palavras da mesma família semântica, e até que querem morrer no mesmo sítio.
Assim é mesmo do verdadeiro. É assim que eu o imagino.

Devoro

Deus fez a Via Lactea e fez os Dinausauros.
Sem pensar em nada, Deus fez a minha vida e deu-ta.
Sem contar com os dias que me faz sofrer, sem saber de ti, na solidão.
Mas se queres saber se eu quero outra vida?
Eu não.
Eu quero mesmo é viver para esperar-te e devorar-te.

Nós e o sítio perfeito

Se um dia nos encontrarmos no teu sítio favorito, vai passar a ser o nosso sítio.
Podemos ir lá todos os anos de férias, ou ficar para sempre, se desejares.
Eu a única coisa que desejo é ficar no teu sítio, para todo e todo o sempre.
O meu sítio é ao teu lado, que fica geograficamente exactamente onde tu escolheres estar.
Quando sentirmos os nossos sentido invadidos de tudo, e não precisarmos de mais nada, sabemos que fizémos bem.
Êxtase, um desmaio, adoro ler-te.

La divina esencia de la vida

" (...)
Desde tiempos inmemoriales, las flores, los cristales, las piedras preciosas y las aves han tenido un significado especial para el espíritu humano. Como todas las formas de vida, son, por supuesto, manifestaciones temporales de la Vida única subyacente, de la conciencia única. Su significado especial y la razón de que los humanos sientan tal fascinación y afinidad por ellas se pueden atribuir a su condición etérea.


En cuanto hay cierto grado de Precencia en las percepciones de los seres humanos, de atención quieta y alerta, estos pueden sentir la divina esencia de la vida, la conciencia o espíritu que vive dentro de toda criatura, de toda forma de vida, y reconocerla como la misma cosa que su propia esencia, y por lo tanto amarla como a sí mismos.
(...) "
Eckhart Tolle
Título original: A new Earth. Edição original inglesa de 2005. Tradução de Juan Manuel Ibeas Delgado de 2006

sábado, 23 de julho de 2011

I am 27 and You know I am no good

I cheated myself
Like I knew I would
I told you I was trouble
You know that I'm no good

http://youtu.be/Ll7UFxqI2pM

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?

"
Como é que se Esquece Alguém que se Ama? Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?


As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.
"
Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

Essa palavra é sempre a Bold, e às vezes, sublinhado

" O Amor em Portugal

Mesmo que Dom Pedro não tenha arrancado e comido o coração do carrasco de Dona Inês, Júlio Dantas continua a ter razão: é realmente diferente o amor em Portugal. Basta pensar no incómodo fonético de dizer «Eu amo-o» ou «Eu amo-a». Em Portugal aqueles que amam preferem dizer que estão apaixonados, o que não é a mesma coisa, ou então embaraçam seriamente os eleitos com as versões estrangeiras: «I love you» ou «Je t'aime». As perguntas «Amas-me?» ou «Será que me amas?» estão vedadas pelo bom gosto, senão pelo bom senso. Por isso diz-se antes «Gostas mesmo de mim?», o que também não é a mesma coisa.
O mesmo pudor aflige a palavra amante, a qual, ao contrário do que acontece nas demais línguas indo-europeias, não tem em Portugal o sentido simples e bonito de «aquele que ama, ou é amado». Diz-se que não sei-quem é amante de outro, e entende-se logo, maliciosamente, o biscate por fora, o concubinato indecente, a pouca vergonha, o treco-lareco machista da cervejaria, ou o opróbio galináceo das reuniões de «tupperwares» e de costura.

Amoroso não significa cheio de amor, mas sim qualquer vago conceito a leste de levemente simpático, porreiro, ou giríssimo. Quem disser «a minha amada» — ou, pior ainda, «o meu amado» — arrisca-se a não chegar ao fim da frase, tal o intenso e genuíno gáudio das massas auditoras em alvoroço. Amável nunca quer dizer «capaz de ser amado», e, para cúmulo, utiliza-se quase sempre no pretérito («Você foi muito amável em ter-me convidado para a inauguração da sua Croissanterie»). Finalmente um amor é constantemente aviltado na linguagem coloquial, podendo dizer-se indistintamente de escovas de dentes, contínuos que trazem os cafés a horas, ou casinhas de emigrantes. (O que está a acontecer com o adjectivo querido constitui, igualmente, uma das grandes tragédias da nossa idade.)
Talvez a prática mais lastimavelmente absurda, muito usada na geração dita eleita, seja aquela de chamar amigas às namoradas. Isto porque os portugueses, raça danada para os eufemismos, também têm vergonha das palavras namorado e namorada. Quando as apresentam a terceiros, nunca dizem «Esta é a Suzy, a minha namorada» — dizem sempre «Esta é uma amiga minha, a Suzy», transmitindo a implícita noção, muito cara ao machismo lusitano, de que se trata de uma entre muitas. E, também assim, como se não lhes bastasse dar cabo do Amor, vão contribuindo para o ajavardamento semântico da Amizade.
Isto tudo em público — claro — porque, em particular, a sós, funciona a síndrome plurissecular do «só-nós-dois-é-que-sabemos» e os portugueses tornam-se pinga-amores ao ponto de se lhes aconselhar vivamente a utilização de coleiras de esponja muito grossa. Nisto, o sexo forte é bastante mais vira-casacas que o fraco. Em público, são as amigas, o Guincho, os drinques e as apreciações estritamente boçais do sexo oposto. Dêem-lhes, porém, cinco minutos a sós com a suposta «amiga» e depressa verão todos os índices aceitáveis de pieguice, choraminguice e «love-and-peace» babosa e radicalmente ultrapassados; ao ponto de fazer confundir a Condessa de Segur com Joseph Conrad. As infelizes «amigas» reprimem com louvável estoicismo o enjoo, e aconselham-lhes a moderação. As mais estúpidas não compreendem e vão depois dizer às amigas que os namorados têm feitios muito complexos, porque quando estão acompanhados, são uns brutos do bilhar grande, e quando estão sozinhos transformam-se em donzelas delicodoces, inexplicavelmente ainda mais nauseabundas do que elas.
A retracção épica a que os portugueses se forçam no uso próprio das palavras do amor, quando o contexto é minimamente público, parece atirá-los ilogicamente, para uma confrangedora catarse de lamechices cada vez que se encontram sós com quem amam. Dizer «Eu amo-te» é dizer algo que se faz. Dizer «Eu tenho uma grande paixão por ti» é bastante menos do que isso — é apenas algo que se tem, mais exterior e provisório. Os portugueses, aliás, sempre preferiram a passividade fácil do «ter» à actividade, bastante mais trabalhosa, do «fazer».
A confusão do amar com o gostar, do amor com a paixão, e do afecto, tornam muito difícil a condição do amante em Portugal. Impõe-se rapidamente o esclarecimento de todos estes imbróglios. Que bom que seria poder dizer «Estou apaixonado por ela, mas não a amo», ou «já não gosto de ti, embora continue apaixonado» ou «Apresento-te a minha namorada», ou «Ele é tão amável que não se consegue deixar de amá-lo». Estas distinções fazem parte dos divertimentos sérios das outras culturas e, para podermos divertirmo-nos e fazê-las também, é urgente repor o verbo «amar» em circulação, deixar-mo-nos de tretas, e assim aliviar dramaticamente o peso oneroso que hoje recai sobre a desgraçada e malfadada paixão.
"
Miguel Esteves Cardoso, in 'A Causa das Coisas'

terça-feira, 19 de julho de 2011

O mundo dá voltas ao contrário

É mesmo como vos digo, o mundo dá mesmo muitas voltas. Pelo menos o meu. Um dia o céu é azul, mas o dia a seguir pode ter uma textura de pele de cavalo. No dia a seguir são as folhas das arvores que ficam rosa-choque. Depois é o meu coração que deixa de bombar pelo ventriculo esquerdo, e já parece que o direito também o pode fazer. Mais tarde, até já se poderia dormir no sofá da sala a ver filmes franceses de pijama amarelo, coisa que seria impensável.

Talvez os pássaros deixem de voar, os cães passem a voar, os gatos a nadar, e as árvores a passear.
Daqui a uns tempos, talvez até eu volte a nascer, e seja mãe do meu tio e da minha avó.
Pode ser que por essa altura me tenham crescido asas também a mim, e possamos voar até Marte para casar, com um escanfrandro de nitrox.
O nosso terceiro filho vai nascer azul, para condizer com a cor com que pintámos o quarto e um plug-in auricular sincronizado com o bluetooth do sistema android 54, a genética vai permitir.
Nesse dia, vou passar as prenunciar as palavras todas de trás para a frente e deitar-me na minha cama biónica como uma morcega, pois descobriram que retarda o envelhecimento, e só para ser original. Isto sem antes te dar um grande beijo de boa noite cheio de amor da nova geração.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Admito

Eu admito que a vida sem ti é quase um inferno, pois aqui está em bom português, a verdade.
Naquele sábado, vou levar o nosso anel, se me quiseres pedir-me outra vez, ele vai estar ali mesmo na minha mão direita.
Possívelmente, vou ficar com ele, anyway, mas sem ti. Mas não faz mal, eu já sei como é o inferno.
Desculpa.

Supermassive Black Hole

In the daylight you can see the supermassive black holes without telescope.

The beggining of the end was just like this

Ela - Eu não posso. Eu amo-me a mim em primeiro lugar.
Ele - É essa a nossa diferença, eu amei-te sempre a ti, em primeiro lugar. Como eu te disse uma vez, eu morria por ti.

All I want to do...

... It's trade this life for something new.

Dear Monday, I'm just not that in to you... But it's not you, it's me.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

I know what it takes to move on

This is not the end

This is not the beginning,
We say Yeah!
With fists flying up in the air
Like we're holding onto something
That's invisible there,
'Cause we're living at the mercy of
The pain and the fear
Until we dead it, Forget it,
Let it all disappear.

Waiting for the end to come

Wishing I had strength to stand
This is not what I had planned
It's out of my control....
Flying at the speed of light
Thoughts were spinning in my head
So many things were left unsaid
It's hard to let you go...
I know what it takes to move on,
I know how it feels to lie,
All I wanna do
Is trade this life for something new
Holding on to what I haven't got
Sitting in an empty room
Trying to forget the past
This was never meant to last,
I wish it wasn't so...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Shitty Camera, Not Photoshop, Great Effect

Voei

Voei por cima de ti, estive perto, consegui sentir-te e quero mais. Não penso em mais nada senão pousar no teu esconderijo, pássaro.

Não sou tua

Se eu sou a flor do jardim onde te passeias, já cumpri a minha missão e estou alegre.
Não me peças que te ame nem me tires das minhas raízes, eu sou apenas uma flor. Aprende a amar a minha essência, pois a minha vida não pode ser tua.
Pode ser que mais ninguém passe neste trilho para me ver. Mesmo assim, não sou tua.
Faz de mim uma flor mais bonita e saudável, admira-me, e partilharemos uma outra vida. Mas não me peças rigorosamente nada.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A epopeia dos idiotas

A epopeia dos idiotas reza que é melhor não dizer, não reagir, fingir que não viu, não dizer a verdade, não ter em conta os que contam connosco, ignorar apelos.
Ser leviano, precipitado e mal-amado é o auge espititual de qualquer idiota.
Os idiotas traem, pensa em si, estão a lixar-se para a transcêndencia do mal ou do bem.
Pensar em si mesmos é mesmo a única e grande aventura a que se propõem.
Pensar em como vão sacar mais um prazerzinho à custa de alguém, pensar como vão sacar algo a alguma alma com coração. Pensar como vão magoar o próximo coração, só para terem um minuto menos de insignificância que lhes é tão caracteristica.
Os idiotas dizem coisas, e depois não cumprem, dizem por dizer, dizem para ver se ninguém os chateia, para ver se se safam. Só funciona com outros idiotas.
Os idiotas normalmente são pouco inteligentes. Ninguém subejamente inteligente investe tempo em tão idiotas causas do "myself", do sem sentido e do sem amor.
Porque é que o Hitler não se virou antes para os idiotas?!!??!  Se o tivesse conhecido tinha-lhe feito esta sugestão... epah, que azar!
Isto sim, seria uma epopeia dos idiotas que eu gostaria de ler: How to Kill Millions of Idiots!
Este post está a dar-me vontade de vomitar... os idiotas são de facto muito nausentes.

Lutar

Às vezes é reconfortante pensar que foi Deus que quis assim... como desculpa para nós próprios por não termos lutado o suficiente ou por termos lutado demais. Ningúem consegue determinar a barreira entre lutar desmesuradamente, ter ficado apatíco ou onde afinal Deus entrou nesta história.
O resultado final, bem, esse também é nosso, com a ajuda de Deus.
Mas como a minha amiga Marta me disse no outro dia: "Deus dá-nos sempre a possibilidade de escolher, nós temos a acção e a palavra final".

Nota mental para mim mesma: não me esquecer disto!

sábado, 9 de julho de 2011

Joder

Joder, eles dizem em espanhol. Porque é que em português não se pode dizer?
É uma palavra tão pertinente, numa série de situações.

Drink it

"Soul Healer" it says in the bottle, i say: drink it
O Mar é o último sítio livre do Mundo
Também gostam de ler notícias na cama ao sábado de manhã?
Melhor, só isto com o euromilhões desta semana.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Aragem

Há um dia que tudo muda, em que o que era ontem, hoje está ultrapassado, e tendo acontecido algo, ou não tendo passado nada senão uma aragem na nossa mente, a verdade é que mudou. As aragens sempre fizeram bem às casas e às mentes, sendo que algumas pessoas têm demasiadas, digo, na mente, por assim dizer.
Quando a aragem é refrescante, renovadora e até há quem concorde que pode ser rejuvenescedora, ela ganha o estatuto de uma grande lufada de ar fresco.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

É assim, Lisboa

Aquilo que tanto entusiasma é a melancolia transformada em grandiosa celebração, o cruzamento do sentido com uma certa tendência para o questionamento existencialista, mas com arestas limadas e superfície polida, em que o objectivo não é inquietar, antes confortar - ou a lisura dos modos e a defesa de causas emocionais.
Onde uns vêem uma abordagem congregadora e amplificadora de sentimentos universais, dando-lhes a majestosidade ausente de um quotidiano corriqueiro, outros vêem um tédio atroz, um conformismo disfarçado de questionamento dos grandes temas da Humanidade e a ausência de qualquer coisa assemelhada a uma chama.

Porquê ler em vez de ver?

Ao ler levas o tempo que quiseres, podes ir depressa ou devagar, a hora de quiseres, sempre te imporem horários, podes parar para ouvir uma onda do mar a bater ou dormir um pouco sobre o assunto. Se vires,  tens o prazer de moldar a tua medida, prendendo-te nas tua partes favoritas.
Podes escolher as que te interessam as que te aumentam os astral, passando de relance apenas pelas que não fazem bem fazer.
Não te sugerem uma maneira de entender tão fortemente,  mas fazes a tua própria interpretação.
Podes voltar a ver mais tarde, se te tiver escapado algo.
Não tens minutos e minutos de publicidade chata obrigatória pelo meio. Podes analisar artisticamente as fotos ilustrativas. A quantidade disponível é muito maior, mais detalhada, mais rica.
Podes ver para trás, e podes ver pra frente.
Não tens que ter a TV ligada à hora de jantar.
É assim que eu gosto de estar informada das notícias, lendo, não gosto dos notíciarios da TV. Só às vezes, também não sou radical, é só uma preferência.

When I Ruled The World

I hear Jerusalem bells were ringing
Roman Cavalry choirs were singing
Be my mirror, my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
I know St. Peter won't call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world

Coldplay

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Hoje e daqui em diante só há:

Sonhos realistas.
Palavras se se podem dizer.
Conversas com conteúdo.
Atitudes que se devem ter.
Sorrisos sinceros.
Decisões bem tomadas.
Frases certas e positivas.
Pensamentos inspiradores.
Sentimentos com lógica.
Intuição que nos guia para o caminho certo.
Força de concretizar.
Vontade de fazer o que tem que ser feito.
Um mundo que continua a dar voltas para nos trazer o que mais precisamos ou queremos.
Um bem estar que chega quando sabemos que tudo está no sítio certo.
A paz.
Um novo ciclo.
Amén.

domingo, 3 de julho de 2011

Estás

Dormes todos os dias ao meu lado, não te deixo fugir nos meus sonhos.
Quando acordo já não estás, detesto as manhãs. Detesto muito.

Ele afinal descobriu mesmo a verdade sobre o Amor

Um daqueles homens que todos nós conhecemos um par ou dois deles, que gosta imensamente de falar durante horas em discurso, mesmo quando era suposto isto ser uma conversa, e contar tudo o que já aprendeu e filosofou na vida, parecendo que chegou ao nirvana de alguma maneira, e que se sente a obrigação moral de fazer os outros saberem também as coisas maravilhosas que com muita reflexão, e quando são mais pretenciosos, inteligência e algumas cabeçadas eles já descobriram à uns anos, e que fez deles o "homem feliz que são hoje". Bom, um desses homens, uma vez disse-me, no contexto de encontrar e ligar com o amor  que o importante era que nós gostássemos de com quem estamos (ou queremos estar) e o que o vice versa não tinha grande importância.
Ele explicava que isto, de nós sim adorarmos loucamente o nosso “amado/a”, garantia que o sentimento estava do nosso lado, e que isso é insubstituível e a essencial de sentir. Não era o outro que nos amava de fora, eramos nós que enamavamos o sentimento.
Creio que tinha algo a ver com, se formos amados, ao invés de amar (só), isso sim é a verdadeira experiência da relação, nós é que sentimos a emoção das borboletas na barriga quando a pessoa entra na sala, nos beija e acordamos ao lado dela.
Na altura, fixei este discurso, sabendo que muito provavélmente era verdade, mas como gosto de pensar por mim, pensei que haveria de comprovar ou pelo menos verificar, e como a luz da idade também me vai iluminando a mim, ainda que pouco nos meus 27 anos, estou cada vez mais certa que pelo menos neste tema, ele estava bastante iluminado.
No mundo ideal, é melhor que tenham os 2 o viveiro de borboletas na barriga. I guess...

A vizinha de baixo

Um pássaro em busca da melhor paisagem para poder voar por cima dela.
Uma amante da água. Tão mental como emocional. Tão fria como sentimental. Em constante mudança, ou se for optimista como sempre, diria em constante evolução. Rí mais do que chora. Uma perfecionista que admira a imperfeição. Uma mulher cheia de força que muitas vezes não consegue fazer nada.Uma mente elástica, criativa, critica e penetrável. Nada leviana. De emoções quentes e intensas. Um coração hospitalisado. Uma linha recta e traçada, que ela percorre com alegria a 3 dimensões. Uma certesa apenas: Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje, inventa e constroi hoje coisas para daqui a 10 anos, não morras antes dos 80 pois ainda está tudo por criar.
Sonha em ser jovem para sempre. Uma sortuda e uma abençoada por Deus.
Dizem também que é linda e que tem um sorriso encantador.

Leviano, adjectivo masculino singular

1.que julga ou procede irrefletidamente; inconsiderado, imprudente, sem seriedade, precipitado.
2.de característica ou de procedimento inconsistente.
3.que demonstra leviandade.

in Wikipedia

Um livro

Ele está sentado no individual da sala. Um homem moreno de barba, com a perna traçada e um bocadinho curvado, a ler um livro que me parece que não seja em português. Quando ela entrar na sala, tentando não se desconcentrar da leitura que está a tentar terminar, vai olhar por cima do livro. Está tudo no lugar certo.

Pode ser o cheiro

Pode ser o cheiro, pode ser o sabor, a maneira de falar, o toque, a temperatura da pele, a força como os braços se enroscam, a textura do cabelo, o chupar dos lábios, o penetrar até ao coração, os olhos fora do comum, o corpo forte e quente, uma intensidade fora do normal, o volume, o desejo, a voz meia esganiçada, o sorriso envergonhado, a lata para fazer conversa, o mau feitio, a coragem, os sonhos talvez partilhados, o ser lacónico, os livros lidos, o sentir, o evoluir, o admitar, os textos escritos, os sítios percorridos, a paixão latente, a sinceridade, uma vida, podem ser dias que custam a passar, podem ser palavras baralhadas, pode ser tanta coisa...
Ou pode ser só a imaginação. Mas eu juro por Deus, que sinto o teu cheiro e o teu sabor.

I Agree

A tradição é a personalidade dos imbecis!
Albert Einstein

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Os verbos de hoje

Sonhei, hesitei, acordei, seduzi, partilhei, ouvi, fiz, contei, ensinei, mostrei, aprendi, meditei, adorei, sorri, vi, odiei, hesitei, fiz, banhei, sequei, escovei, mexi, pensei, conduzi, esperei, re-pensei, acalmei-me, concluí, fui, comi, arrumei, perguntei, respondi, prometi, orgulhei-me, gostei, andei, falei, disse, contestei, tive, vesti, despi, abracei, sorri mais, encontrei, coincidi, fotografei, purifiquei, valorizei-me, apercebi-me, cozinhei, pus, tirei, cantei, mastiguei, limpei, senti, lavei, arrumei, descasquei, sujei, atirei, inovei, inventei, neguei, decidi, beneficiei-me, dei, recebi, preguicei, trabalhei, exprimi-me, tive, escrevi, lembrei-me, esqueci-me, imaginei, desfrutei, dancei, deitei-me, adormeci.
Não rí, não beijei, nem amei, por hoje não fez falta.

Um dia perfeito

Amanhã é um dia, um dia completamente novo.
Se não funcionar, amanhã inventas outra coisa. Hoje resultou.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nem tudo o vento levou

Sobre a colecção de posts d' A minha mãe

A pedido de muitas famílias venho por este muito prático meio esclarecer que esta obra é absolutamente ficcionada.

A minha mãe V

Foi ela que um dia me disse que o mundo dava muitas voltas, eu acreditei. Explicou-me que havia coisas que estavam sempre a mudar e outras que nunca mudavam.
Durante a nossa viagem à Indía, falámos muito sobre isso, naquele cenário tão rico encontrámos milhares de exemplos de coisas em mudança.
Foi mais difícil encontrar coisas que não mudam, mas encontrámos estas:
- os nossos olhos vão ser castanhos para sempre
- vamos ser mãe e filha para sempre
- nunca vamos deixar de gostar de viajar e contar segredos juntas
- os nossos narizes são iguais
- detestamos rebuçados de anís

A minha mãe IV

A primeira volta que dei no mundo não correu muito bem, foi por isso que nasci de cesariana.
Mas dizem que se nasce mais bonito assim não é? Menos mal,valeu a pena.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A minha mãe III

Uma vez fiquei 3 semanas sem dar notícias, quando voltei, ela tinha olheiras. Ela viu que eu também tinha.
Fez-me um bolo e tinha a baínha de uma saia feita, como tinha pedido. Perguntou-me se podiamos ir ver a avó que também tinha saudádes minhas, passamos lá 3 dias, as 3.
À noite quando me fui deitar, tinha uma carta debaixo da almofada. Um dia, com tempo, conto o que dizia.

Disclaimer

Este blog não adoptou, nem vai adoptar, o novo acordo ortográfico. Óptimo vai continuar a levar com p enquanto os passeios de Lisboa forem em calçada portuguesa.

Discurso Directo

A minha parte favorita dos livros são os diálogos. Fico ansiosa quando viro a página e vejo que está quase a chegar o próximo, e leio rápido os paragrafos longos até lá chegar. Pode ser por terem os travessões à frente que ajuda a leitura, ou porque ficamos a conhecer melhor as personagens quando elas falam, pode ser porque me apaixono mais pelo discurso directo do que pela narrativa, mas deve ser porque quando falamos é porque existimos, e é bom saber o que as personagens tem a dizer, mesmo quando o que fazem seja o aposto. Melhor ainda é quando, uma outra personagem secundária faz aquela pergunta ao vilão, que nós também queriamos fazer à 10 páginas atrás. UAU!

A minha mãe II

Um dia estavamos a passear estavamos a passear no meio do campo, um vento quente tocava-nos no rosto, estava muito calor, nós iamos caladas, eu levava a cabeça vazia, ela levava um lenço no pescoço e naquele dia tinha posto rímel, parou e deu-me um abraço com o cheiro dela. Gostei muito.
No dia seguinte ela partiu para Paris.

A minha mãe I

Uma vez perguntei à minha mãe:
"- O que se faz quando não se sabe o que fazer?"
Ela respondeu:
"- Não sei...Nunca soube. Mas normalmente faço qualquer coisa."
Eu ri-me e perguntei:
"- Resulta?"
Ela sabia esta resposta:
"- Supreendentemente, sim."

Sempre adorei estas respostas para pensar.

Falling Away With You

I can't remember when it was good
moments of happiness elude
maybe I just misunderstood
all of the love we left behind
watching the flash backs intertwine
memories I will never find
whatever you've become
forget the reckless things we've done
I think our lives have just begun
and I'll feel my world crumbling out
I'll feel my life crumbling out
I'll feel my soul crumbling away
and falling away
falling away with you
staying awake to chase the dream
tasting the air you're breathing in
I hope I won't forgot a thing
I wish to hold you close and pray
watching a fantasy decade
nothing will ever stay the same
and all of the love we threw away
and all of the hopes we've cherished fade
making the same mistakes again

Muse

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ser muito bom é excelente, mas ser excelente é que é...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Não podia existir citação mais apropriada para constar neste blog

"Viver na Terra é caro mas o preço inclui uma viagem grátis ao redor do sol cada ano"
Guy de Maupassant (1850-1893), ( escritor e poeta francês)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Conjugações do verbo (não) Perdoar

- A ti não te perdoo porque quereres decidir tudo sem perguntares nada.
- A ti não vale a pena perdoar, nem isso mereces.
- Não prometo conseguir perdoar-te, a verdade é que já não me esforcei, mas a inveja dá-me naúseas.
- Tu tens o meu perdão desde que nasceste.
- Perdoo-te, nunca voltaste.
- Não te perdoo, nunca ligaste, não tens coração.
- A ti perdoo-te por me teres usado, pois sabes o que é ser usado.
- Perdoo-te por não gostares de mim.
- Perdoo-te, eu sei que a ti te doi mais que a mim.
- Não te perdoo, os livros não te educaram.
- Tu que não tens coração, é-te indiferente o meu perdão.
- Eu perdoo-te se te voltares a arrepender, de nunca termos tentado.
- A ti que nunca disseste a verdade, digo-te: “
- Talvez um dia esteja preparada para te perdoar”, isto não é verdade, não mereces sequer saber que nunca te vou perdoar.
- A ti quero muitíssimo perdoar mas receio que só conseguirei quando tiver superado tudo. Segundo os meus cálculos, e lamento dize-lo, mas será na minha próxima encarnação. Na melhor das hipoteses...
- A ti mais vale perdoar-te pois, não vais mudar, e assim fico mais sossegada, sem a ambição que um dia vais ser melhor.
- Claro, por outro lado, tu.... Não consigo não deixar de te perdoar, deste-me quem sou. E gosto. MUITO OBRIGADA!
- Para ti o meu perdão veio sem eu o desejar sequer, porque fizeste mais bem que mal.
- A ti perdou-te pois sei que podes demorar, mas não falharás, e entretanto vou exercitando a minha capacidade de sonhar.
Com isto, tenho-o dito. É difícil, parar e sentir. Contudo, foi hoje que parei, senti e perdoei. É muito difícil, mas um esforço das entranhas será feito.
E se as minhas entranhas não conseguirem, perdoem-nas.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

"
A rapariga que tinha um coração no lugar do cérebro vivia em constante agitação. Dizem que ao invés de pensar, sentia. E nesse constante sentir não sabia o que era pensar. Um mais um igual a paixão. Dois mais dois igual a confusão. Sem razão.

"
by Sofia, my very wise and always beloved dearest friend

terça-feira, 14 de junho de 2011

Saber Esperar


Quem sabe esperar o bem que deseja não toma a decisão de se desesperar se ele não chega; aquele que, pelo contrário, deseja uma coisa com grande impaciência, põe nisso demasiado de si mesmo para que o sucesso seja recompensa suficiente. Há pessoas que querem tão ardente e determinantemente certa coisa, que por medo de perdê-la, não esquecem nada do que é preciso fazer para perdê-la. As coisas mais desejadas não acontecem; ou se acontecem, não é no tempo nem nas circunstâncias em que teriam causado extraordinário prazer.

Jean de La Bruyére, in "Os Caracteres"

segunda-feira, 13 de junho de 2011

As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Está provado que é possivel sobreviver sem coração

Confirmou-se cientificamente depois de um estudo exaustivo com uma amostra de 146 678 pesssoas que é possivel viver, aparentemente de uma forma normal, sem coração. Ficou claro que na amostra do estudo que alguns indivíduos apresentavam no lugar deste orgão vital outras matérias de natureza muito distinta como cálculos rochosos, icebergs, estagtites,  xistos, carvão, neve em blocos, capsulas espaciais, banha de porco ou discos riscados, e também se bem que  casos raros, merda em estado puro. Durante muitos tantos, achou-se que este orgão indispensável a vida humana podia apresentar-se sob a forma de um diamante ou um sol radioso, mas todo este paradigma fica agora sem validade após a publicação destes estudo realisado pelas mais credíveis universidades do mundo durante o ano 2011, é de salientar que foram analisados invíduos de todas as idades e nacionalidades, contudo é de salientar que os indiviuos com resultados positivos eram maioritariamente oriundos do Sul da Europa, não foi divulgada a nacionalidade especifica dos indivíduos com resultados que confirmam o resultado do estudo devido a temas de confidencialidade e protecção do individuo. Estas medidas de protecção de dados foram tomadas por se considerar que estes individuos já sofrem e causam suficientes prejuízos à humanidade, e que a sua divulgação criaria pânico desnecessário. Um dos principais investigadores destas temáticas afirmou que a não divulgação da identidade dos mesmos, não gera complicações adicionais, pois os individuos com um coraçao dito normal já identificaram ou identificarão com facilidade os individuos com outras matérias no seu lugar, quer pelo comportamento, quer por dor já inflingida e sentida.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

"- Sabes que ainda há pessoas com coração... "

domingo, 5 de junho de 2011

Share your World

terça-feira, 31 de maio de 2011

I was searching
You were on a mission
Then our hearts combined like
A neutron star collision

I have nothing left to lose
You took your time to choose
Then we told each other
With no trace of fear that...

Our love would be forever
And if we die, We die together
And lie, I said never
'Cause our love would be forever

The world is broken
Halos fail to glisten
You try to make a difference
But no one wants to listen

Hail, the preachers, fake and proud
Their doctrines will be cloud
Then they'll dissipate
Like snowflakes in an ocean

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Todos os dias o planeta dá mais uma volta, todos os dias nasce um novo dia, as vezes está a chover quando acordamos, outras vezes faz sol, não podemos saber como vai ser ou como esse dia vai terminar, mas sabemos que o mundo daqui a 24 horas vai dar outra volta, isso é certo.

Hoje podia ser um mar muito azul, onde navegamos como piratas. E amanhã igual...

domingo, 29 de maio de 2011

Eles nasceram preparados para tudo.

Os animais sabem o que querem, quando querem, porque querem, têm coração, um coração muito grande, podem dar carinho, podem morder, arranhar, o lançar-te veneno, podem correr, andar, rastejar ou nadar, podem fugir, podem amar, escolhem o pai/mãe dos seus filhos sem hesitação, fazem tudo com paixão, quando os chamas eles vêm se não tiverem medo de si, mas quando têm medo de ti, percebes, não precisam de nenhum meio para comunicar pois a mensagem é tão clara e imediata que o dispensa, dão-se interessada ou desinteressadamente mas sempre com sinceridade.
Eles nasceram preparados para tudo.

Nem todos os seres humanos reunem estas qualidades, é por isso que digo que gosto todos os dias cada vez mais de animais.
Intuição, Intuition, Intución, L'intuition, अंतर्ज्ञान
Together we are invicible.
http://www.youtube.com/watch?v=t2KX0xBlEZI&feature=related
“Esta revolução não é de esquerdas nem de direitas. É de senso comum”, lê-se num dos cartazes.
Málaga, Espanha
Fotografia:Jon Nazca/Reuters
Source: Publico
Heeeeeyyyyy, world, could you please stop spinning around? I am enough confused and silly already....
Acreditam mesmo que as pessoas mudam?
Todos os dias encontro exemplos que me provam que sim, e todos os dias vejo exemplos que me mostram o contrário.
Também não sei dizer se prefiro que mudem ou que não mudem.
Nunca sabemos se mudaram ou não, ou que partes mudaram. Isto porque na mudança total, ou sequer muito significativa, eu não acredito. We cannot escape from ourselfs..
We cannot escape from each other.

sábado, 28 de maio de 2011

Deixem-me ver mais....!

O mundo continua a dar muitas voltas....

2 anos depois continuo completamente e, possivelmente cada vez mais, a achar que o mundo dá muitas voltas... e essas voltas devem estar todas relatadas, pois afinal, podem-se perder, no meio de tantas voltas já dadas, e não queremos perder nem uma pitada de sal, nem uma voltareta, desta vida de voltas ricas e criativas que o universo inventa.