quinta-feira, 29 de março de 2012

O Diego é que sabe



"..
às vezes caço com uma lupa num jornal, termos que ainda não constavam do meu rol
.."

Não tenhas medo.

Não tenhas medo. Não deixes para uma próxima encarnação aquilo que podemos ter já.
Não penses mais, não adies, vive. Vive comigo.
Não deixes que te arrependas outra vez. A vida passa a correr, e já lá vão 30 anos no total, e 10 nossos.

Só precisamos dele, e ele muda-nos

Não, não é um "chiclé".
Longe disso.
O amor é regenerador, depois de desilusões e fatalidades. Só ele nos cura e nos trás de volta. Ele dá-nos aquela última notícia que tem o poder de sarar tudo, amamos e agora podemos tudo, voltar a lutar por tudo. Outra vez, ou talvez, seja apenas a primeira de verdade.
Quando nos apercebemos, deixamos de nos sentir espectadores, e só queremos acordar e saltar para actores, nesta cena de filme que vimos muitas vezes.
O ser humano foi feito para amar e ser amado. Antes de nascer, e até depois de morrer.
Não o negues quando o vires, evita resistir se ele te atacar, luta por o encontrar se ele tiver ido para longe, num comboio, num avião ou num navio.

A minha máquina de escrever


Quando escrevo, eu sou mais eu, posso ler-me, aprofundar-me e interpretar-me. Posso encher-me de detalhes, por-me vírgulas, adjectivos e ordenar-me. Creio até que consigo acrescentar-me alguma beleza. Sou mais arte.
Sou mais, sou uma obra, uma obra escrita.

Para mim é essencial...

...O estimulo intelectual, quer seja artístico, cultural, social, espacial ou inter-pessoal.
...A nobreza dos sentimentos meditados, porque além de simplesmente sentidos, são, com dedicação, elaborados e executados com a inteligência dos sábios.
...A liberdade, de ser, de fazer, porque a tradição, as regras e o "costume" são um guião que outros já escreveram para vidas onde a minha não está incluída.

sexta-feira, 23 de março de 2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

Semi-inconsciência

Semi-inconsciência, antes da consciência, ou mesmo depois de nunca a ter tido. É assim como a definição do copo que nunca esteve vazio ou cheio, foi sempre assim a àgua que sempre nasceu do vidro, nunca agitada ou mexida.
Um dia, apareceram insectos mortos na água, e ela continuou a ser a mesma quantidade, mas agora sabemos que não vale nada e não serviu para nada. Pobre copo, pobre água, bebem os mosquitos, colam as asas.

Pé frio

Sinto o meu pé frio, num sítio frio. 
Normalmente isso alegra-me. Diz-me que estou num sítio novo.
Um sítio onde sou crescida, estou a ver, a descobrir, a avançar para bocadinhos da cama onde ainda não tinha posto o pé, enquanto sonho que voo, que adormeço, que caminho a alta velocidade, que descubro um bocadinho de cama, e mais uma cama onde nunca tinha dormido.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Heart-Karma

O teu karma é protegeres-me de mim própria.
O meu karma é ensinar-te a escrever aquilo que eu sei e que só tu sabes sentir.

Noutra vida

Noutra vida tu vais ser corajoso, e noutra vida, eu vou ser paciente.
Nessa vida, estaremos juntos, tão juntos que os nossos corpos ardem de verdade.
Mas nesta vida, eu choro, porque te amo desde à 3 encarnações atrás, quando nos encontrámos pela primeira vez, e já escrevia para ti coisas assim como estas com uma caneta de pena.
Nessa vida tinhas nascido mais corajoso, e eu sabia escrever melhor. Desaprendi, porque me deixas sozinha, e fico tão desgovernada.

Escrever o escrito

Escrevo o que escrevo para que se torne real.
Leio para sair do real.
Se escrever nos leva para o real, retira-nos da vida dos autómatos.
Escrever não só torna real o imaginado, como torna real a tua própria existência e a dos teus objectos imaginados.
Se estiveres na realidade agora a ler isto, fica sabendo que podes ser apenas um fruto da minha imaginação. E és.... e és.

terça-feira, 13 de março de 2012

In another life, I will be your girl

In another life, I will be your girl
In another life, I will make you stay

Mente Consumida

Procuro todos os recantos. Olho para as frestas mais improváveis. Investigo o inviável e o viável. Tomo diligências, sem tomar por certo aquilo que apenas parece. Acordo a meio da noite com ideias novas de pistas a seguir. Escrevo-as no meu caderno, fecho os olhos. São esses momentos que me fazem, no dia seguinte, decidir prolongar por mais um dia esta investigação que leva o juízo, mas também é a única que me torna gente. Gente que não encontro.
Nunca me culparei de falta de alma investida e mente consumida, nem por não te levar debaixo da minha pele 24 horas por dia. E com esse descanço posso morrer, de alma lavada e com a paz da lutadora que sómente percebeu que mais díficil é encontrar, e que fácil é perder.

terça-feira, 6 de março de 2012

As tuas coisas

Tão físico e tão espiritual. Tão falador e tão pensador. Tão crítico e tão paciente. Tão optimista e tão frágil. Tão determinado e tão perdido. Tão sonhador e tão cego. Tão leal e tão interrogativo. Tão nobre e tão cruel. Tão livre na alma e tão preso algures. Entendes tão bem, e não podias ser mais mal percebido. Tens tudo por descobrir, mas já sabes aquilo que eu ainda não sei. És tão móvel e tão fixo. És recto, mas gostas mais de curvas. Vês tudo, só não olhas para mim. Irritas-te com as coisas, e és a coisa mais irritante. As coisas corriqueiras geres com graça, e as sérias com uma graça ainda maior. Tens a preocupação na pele quando fica baça, mas o sorriso luminoso na boca. Tão natural, e tão moldado, e tão perfeito.  E todos os dias um bocadinho mais deliciosamente irresistível.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Igual ao nosso

Ninguém me convence que já não és meu.
Ninguém me convence que mesmo que te tenhas deixado roubar de facto.
Ninguém me convence que o teu coração já não é meu.
Passem os meses, e os anos, duvido que esqueças: és meu.
Não sei como são os dias dentro da tua cabeça.
Gostava muito de saber, se choras como eu, se agonias como eu, se vês uma casa cheia numa vazia, ou se vês uma casa vazia numa casa cheia, se sentes este desespero igual ao meu.
O desespero de não saber se existirá no mundo algum amor igual ao nosso. E saber que o nosso, já não é nosso. Perdeu-se.

Mís dias sin ti

mis días sin ti son tan oscuros 
tan largos tan grises 
mis días sin ti 
mis días sin ti son tan absurdos 
tan agrios tan duros 
mis dias sin ti 
mis días sin ti no tienen noches 
si alguna aparece 
es inútil dormir 
mis días sin ti son un derroche 
las horas no tienen principio, ni fin


tan faltos de aire 
tan llenos de nada 
chatarra inservible 
basura en el suelo 
moscas en la casa 


mis días sin ti son como un cielo 
sin lunas plateadas 
ni rastros de sol 
mis días sin ti son sólo un eco 
que siempre repite 
la misma canción 


coro/chorus 


pateando las piedras 
aún sigo esperando que vuelvas conmigo 
aún sigo buscando en las caras de ancianos 
pedazos de niño 
cazando motivos que me hagan creer 
que aún me encuentro con vida 
mordiendo mis uñas 
ahogándome en llanto 
extrañandote tanto 
mis días sin ti 
cómo duelen mis días sin ti