Procuro todos os recantos. Olho para as frestas mais improváveis. Investigo o inviável e o viável. Tomo diligências, sem tomar por certo aquilo que apenas parece. Acordo a meio da noite com ideias novas de pistas a seguir. Escrevo-as no meu caderno, fecho os olhos. São esses momentos que me fazem, no dia seguinte, decidir prolongar por mais um dia esta investigação que leva o juízo, mas também é a única que me torna gente. Gente que não encontro.
Nunca me culparei de falta de alma investida e mente consumida, nem por não te levar debaixo da minha pele 24 horas por dia. E com esse descanço posso morrer, de alma lavada e com a paz da lutadora que sómente percebeu que mais díficil é encontrar, e que fácil é perder.