domingo, 30 de outubro de 2011

Até (nunca) mais ver!

Não voltes, pelo menos para mim. Não voltes porque eu não te quero. Nem como homem, nem como amigo, nem como tapete da entrada, nem como carregador de malas.
A tua estadia por aqui foi longa demais. Primeiro quiseste viajar, mas depois, instalaste-te, como um intruso, abriste as malas, penduraste os teus trapos nos meus cabides, e nem quiseste ir fazer tours culturais ou boémios, ficaste apenas como uma sanguessuga exploradora, uma piranha devoradora de boas intenções.
Agora parte para onde não há nada, e onde vais ter que ser essa personagem inventada por ti, vazia e egoísta, onde a tua miséria é a coisa mais valiosa que (não) existe.

sábado, 29 de outubro de 2011

Se os jornais falassem

Hoje, o mundo move-se, altera-se tão rapidamente que nenhum ente vivo se pode atrever a ser obvio, transparente como um vidro, sincero ou nutrir-se de valores nobres. Atiram-se todos  directamente sem probemas de consciência para a saída imunda mais imune a problemas, dores, espinhos, confrontos, envolvimentos escuzados, explicações difíceis ou críticas. 
O fácil é fácil. O estúpido é estupido. O leviano é leviano. E por favor, não compliquem.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Tu perdido por aí, e eu não sei onde

Há algo em ti que me inspira. Sempre. É incontornável.
As tuas fotos têm sempre o mesmo olhar.
Seco, frio. Sem igual. Sempre conciso, distante, penetrante. Sempre gelado.
Sempre magoado, sempre triste.
Faz-te falta amor, mas diria que esses olhos me parecem impermeáveis ao amor.
Parece que a tua alma secou.
Aposto que já não cheiras a nada, aquele cheiro leve que tinhas, e deixaste crescer a barba para te tirar o resto de maciez e doçura que te podiam restar.
Pareces um corcunda, triste, macambúzio, e triste.
Antigamente rias por tudo e por nada, rias e sorrias, rias de patetices e das alegrias, e sorrias para mim e para todas e todos. Enchias o peito e fazias-te bonito. Agora nem para as fotos sorris. Como um autómato andas e moves-te, sempre igual, como a mesma expressão, com a mesma, cara, com o mesmo cabelo e barba, por esse mundo, que não te entende e que tu triste ficas por não entender.
Eu entendo-te meu querido. Que boca é essa cerrada para sempre? Que olhos são esses, pelo amor de Deus?

domingo, 16 de outubro de 2011

O meu Bad-karma

Nunca odiei tanto a minha professora da primária como neste preciso instante, que pedagoga travessa, velha velhaca, sanguessuga desbocada.
É Domingo à noite, que é o dia e hora perfeitos para escrever. Estou em casa, com a luz, o som, a temperatura e o estado de espírito perfeitos, e eu adoro tanto escrever e estou aqui cheia de vontade. E até já entrei ao serviço à 2 horas atrás, não me podem acusar de não tentar. Vaguei-o pelos semanários, pelos blogues bem escritos, pelas crónicas interessantes, por textos intricados, com lógica e vocabulário rico, mas também pelos mais descontraídos para me inspirar, mas eu só consigo parir este churrilo de coisas pouco interessantes e vagamente mal escritas, ou vagamente bem escritas, ninguém sabe bem, porque ninguém lê.
E logo eu, que gosto tanto de escrever.
É como pôr uma pessoa que gosta de gosta de dançar com uma paralisia infantil ou pernas tortas! Uma injustiça!
E voltando à minha professora primária, aquela inútil, não foi capaz de me por a escrever sem erros ortográficos, gramática decente e com frases com uma sintaxe correcta.
Isto é a mesma coisa de eu ter nascido sem dedos, sem olhos, sem escola, sem língua portuguesa, sem caneta, sem teclado, sem cérebro: eu não sei escrever, que infelicidade. Pior que isto só mesmo não ter nascido.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tu, ou Eu, ou qualquer

Neste mundo existe
Quem tu és
Quem tu gostavas de ser
Quem tu pensavas que ser
Quem pensavam que tu eras
Quem tu gostarias de ser
Quem gostariam que tu fosses
Quem tu pensaste ser
Quem tu sempre foste
Quem tu sempre quiseste ser
Quem tu eras quando nasceste
Quem tu és agora, ainda
Quem já foste e quem vais ser
Quem tu vives aí dentro e sempre vais ser, aconteça lá o que acontecer
Dê lá o mundo as voltas que der.

By Andreia

“I was never the marrying kind, I was always the love and diamond kind.”

Nós por cá!

- ‎É um Orçamento de guerra que nos levará a um nível de vida próximo de 1975


 - 1975 não digo, mas 1100 talvez seja mais por aí, quando nem existíamos como país e viviamos no feudalismo da idade mé(r)dia!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

" O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio.
"
Cesare Pavese Itália 1908 // 1950 Escritor

domingo, 2 de outubro de 2011

A ausência do medo é assustadora

Fechei para obras, bye

Recusam-se picaretas, trituradoras, esmagadoras,  garfos, facas, pregos, coisas afiadas, unhas compridas, murros, estaladas, gritos, escovas de aço, palavras aspras, silêncios, palha de aço, esfregões, escovas duras, pedra-pomes, varinha da sopa, quebra-nozes, quebra-gelo, tenazes, não quero nada disso...

sábado, 1 de outubro de 2011

Maldição

Tu não eras a minha maior benção mas sim a minha maior maldição. Não sei como isso se vê, mas um dia é claro. Um dia os olhos ficam sem nuvens, sem miupia, sem ruído, sem amor, sem paixão. Um dia acordas.
Certo dia calas a cabeças e deixas, finalmente, as entranhas falar. As entranhas mexem-se, e re-mexem-se sem parar à anos. O coração, e o fígado estão esgamados, talvez anestesiados, talvez congelados. Não é a cabeça quem sabe, são as entranhas e o coração. Descongela-os e serve-os a quente, hoje à noite, num jantar requintando e inesquecível para uma mulher nova e renovada, e mais, muito mais, finalmente, mais.

Temos que comemorar, vou lembrar-me de qualquer coisa especial!

Daqui a 1 mês é 1.11.11.

Dammed!!!!!

Normalmente, tento ter imaginação suficiente para ser eu a surpreender a vida, às vezes consigo, mas a vida tem tido mais imaginação para me supreender a mim em 51% dos casos. Dammed!!!!!
Um dia ainda lhe ganho...vai ver vai... a sacana...